As principais tendências jurídicas para 2025

Conheça quais são as principais tendências jurídicas que vão moldar o setor em 2025 e nortear a advocacia do futuro.
Foto de Equipe Turivius
Equipe Turivius

O futuro do Direito, tão discutido, tornou-se realidade em 2024, inaugurando uma nova era para o setor com o avanço das tecnologias, o aumento das expectativas dos clientes, as mudanças constantes nas regulamentações e o surgimento de novas tendências jurídicas.

Nesse cenário, 2025 promete uma evolução ainda mais acelerada, com escritórios de advocacia e departamentos jurídicos adotando inovações para se manterem competitivos e atenderem às demandas do mercado.

As equipes jurídicas estão se transformando e se adaptando para assumirem um papel mais proativo como facilitadoras de negócios. Com o apoio de novas ferramentas, que aumentam a eficiência, os escritórios e departamentos jurídicos não apenas melhoram a conformidade, mas também entregam um valor estratégico cada vez maior às organizações.

Hoje, nós vamos explorar quais são as principais tendências jurídicas que moldarão o setor jurídico em 2025. 

1. A IA continua em alta

Apesar de tradicionalmente resistir a mudanças, o cenário jurídico já se mostra com uma nova postura em relação à tecnologia. Segundo um estudo do Instituto Thomson Reuters realizado em 2024, mais de 80% dos advogados consideram que a AI pode ser aplicada ao trabalho jurídico, um grande salto se comparado aos últimos anos. 

Estudo do Instituto Thomson Reuters realizado em 2024
Fonte: Thomson Reuters

Quando utilizada de forma responsável, a inteligência artificial pode agilizar tarefas rotineiras e de alto volume, como: 

  • criação de contratos;
  • Revisão de documentos e análise de casos;
  • Automação de pesquisa;
  • Análise de dados;
  • Chatbots jurídicos.

Isso permite que equipes jurídicas economizem tempo e custos, enquanto oferecem insights estratégicos para a tomada de decisões, utilizando tecnologias como a Jurimetria, por exemplo.

Em escala global, a IA generativa continuará crescendo no mercado jurídico, podendo chegar a US$ 781,55 milhões até 2032, um aumento de 31,6% no CAGR, o que mostra que não só em 2025, mas nos próximos 8 anos a Inteligência artificial será uma tendência jurídica em constante ascensão.

Esse cenário acende um alerta para escritórios de advocacia e organizações relutantes no uso da IA, já que a resistência em adotar essas tecnologias pode resultar na perda de vantagem competitiva e na dificuldade de acompanhar um mercado em rápida evolução.

Quando falamos sobre inovação, o uso de Inteligência Artificial (IA) na advocacia aparece na maioria das conversas e de conteúdos sobre o tema, remodelando a prática jurídica na análise de dados e na automação de tarefas rotineiras.  

Por isso o uso de softwares jurídicos que se apoiam nessa inteligência estarão cada vez mais presentes na rotina dos advogados e advogadas daqui pra frente.

Chat GPT

Outra tecnologia que vem sendo bastante utilizada nos escritórios de advocacia, e que vem mudando a forma como eles lidam com seus clientes e rotinas é o ChatGPT

Esse modelo de linguagem baseado em inteligência artificial vêm ganhando espaço na advocacia ao automatizar tarefas repetitivas, agilizar pesquisas jurídicas e apoiar a redação de documentos. Com isso, liberam tempo e foco dos profissionais para atuarem de forma mais estratégica em questões jurídicas complexas.

É fundamental, no entanto, lembrar que a ferramenta deve ser usada como um apoio, e não como substituta para o conhecimento jurídico, dessa forma é capaz de trazer enormes benefícios. Entre seus usos: 

  • Análise de texto: pode ser usado para analisar documentos jurídicos, identificar termos-chave, cláusulas e disposições relevantes.
  • Consultas rápidas: excelente ferramenta de pesquisa rápida para obter informações gerais sobre leis, regulamentos, doutrinas ou casos anteriores.
  • Criação de modelos: também pode ser usado para criar os seus modelos, bastando escrever o tipo de modelo que precisa, dar as informações necessárias para as cláusulas e solicitar ao robô que construa a petição. Mesmo assim, é crucial fazer revisões e personalizações cuidadosas no modelo gerado.

2. Segurança cibernética e privacidade de dados

Em 2023, o número recorde de ataques cibernéticos fez com que as regulamentações de privacidade de dados se tornassem cada vez mais rígidas, e, consequentemente,  tornou essa pauta uma das principais tendências jurídicas dos próximos anos.  

Existe uma necessidade maior de ferramentas eficientes e eficazes para gerenciar a privacidade e conformidade dos dados, e em 2025 a tecnologia desempenhará um papel fundamental para ajudar as organizações jurídicas a se manterem à frente desses desafios.

Hoje, mais de 78% dos escritórios de advocacia já estabeleceram políticas de segurança cibernética, e este número tende a aumentar, garantindo conformidade das organizações, enquanto reduz o risco de penalidades e danos à reputação.

As ameaças à segurança cibernética se multiplicarão no futuro, e à medida que os criminosos cibernéticos começarem a utilizar IA, as equipes jurídicas serão cada vez mais acionadas para responder a esses riscos em diversas frentes.

O aumento da adoção da computação em nuvem reflete, portanto, a importância do investimento em cibersegurança, posto que serviços em nuvem pública, como é o caso da contratação de SaaS ou Software como Serviço, garantem um sistema de segurança e privacidade em conformidade com a LGPD e demais regulamentações de segurança dos dados.

Quando consideramos o contexto de inovação na advocacia, ficará cada vez mais frequente a adoção de tecnologias de softwares que estão na nuvem como medida que contribui tanto para a performance do negócio, como para a garantia de que os dados do escritório ou departamento jurídico estejam devidamente protegidos por criptografia e demais medidas de segurança cabíveis.

Em 2025 a segurança cibernética será uma pauta central, exigindo que advogados auxiliem suas organizações a desenvolver estratégias eficazes para cumprir as regulamentações.

Leia mais: Como a LGPD impacta o dia a dia dos advogados

3. Integração de plataformas jurídicas

A colaboração no trabalho jurídico se torna cada dia mais essencial, e 2025 trará essa vertente de forma expressiva com o aumento nas ferramentas que facilitam a comunicação e integração da gestão jurídica. 

Adotar ferramentas de colaboração para as equipes irá permitir uma tomada de decisão mais rápida e fluxos de trabalho mais eficientes, já que essas plataformas facilitam o alinhamento dos departamentos jurídicos com os objetivos de negócios, aumentando sua visibilidade e valor dentro da organização.

Quando se olha para o futuro, a integração das plataformas jurídicas será o start para a padronização dos processos em toda a organização, criando um ecossistema de tecnologia coeso com práticas uniformes, que vão facilitar e impulsionar as estratégias jurídicas dos escritórios ou departamentos jurídicos, como já se destaca no modelo de Legal Operations.

Essa abordagem está redefinindo a forma como os advogados trabalham, permitindo maior previsibilidade e eficiência nos litígios, além de personalizar a experiência do cliente.

4. Conformidade e gestão de riscos

A conformidade regulatória já é classificada como uma das principais prioridades estratégicas para departamentos jurídicos, e segundo relatórios continuará a representar riscos nos próximos anos.

Hoje, 22% dos departamentos jurídicos corporativos destacaram a conformidade com os desenvolvimentos regulatórios como sua principal prioridade. Esse foco é impulsionado pelo cenário regulatório em constante evolução, marcado por tecnologias emergentes, preocupações com segurança cibernética e obrigações relacionadas a ESG.

Os escritórios de advocacia esperam ações de fiscalização mais rigorosas em 2025, especialmente para regulamentações mais recentes, o que enfatiza a necessidade de os profissionais jurídicos adaptarem proativamente suas estratégias.

5. Experiência do cliente no ambiente jurídico

A experiência mais personalizada e centrada no cliente, estabeleceu novos padrões para todas as formas de interação empresarial. E os escritórios e departamentos jurídicos não são exceção. 

Os clientes esperam cada vez mais facilidade e personalização, e à medida que o ambiente jurídico evolui, a disputa fica cada vez mais acirrada. Logo será possível ver clientes que vão valorizar mais a qualidade da experiência ao conhecimento jurídico.

Em 2025 esses fatores vão levar os escritórios e departamentos jurídicos a melhorar as negociações com seus clientes, construindo seus serviços em torno dos principais motivadores e desafios dele, e novamente, os dados serão essenciais para permitir essa mudança.

Nesse contexto, iniciativas como o eBook lançado pela Turivius, que explora as melhores práticas em pesquisa de satisfação na advocacia e experiência do cliente, tornam-se ainda mais relevantes. O material compila métricas fundamentais, como NPS, CES e CSAT, e mostra como ouvir o feedback dos clientes pode ser uma estratégia poderosa para melhorar serviços, fidelizar clientes atuais e conquistar novos.

A capacidade de um profissional jurídico de usar a tecnologia para melhorar a prestação de serviços se tornará um diferencial importante, e no próximo ano isso será colocado à prova. Proporcionar uma experiência única e superar expectativas será um pilar estratégico para o crescimento no setor jurídico.

6. Jurimetria e uma advocacia data-driven

A cultura data-driven, prevista pela McKinsey como uma tendência dominante até 2025, já se consolidou como uma realidade transformadora no ambiente jurídico. Segundo a Cybersecurity Ventures, até o fim do ano, o mundo armazenará 200 zetabytes de dados. 

Em 2024, escritórios e departamentos jurídicos começaram a perceber o valor estratégico da análise de dados na tomada de decisões, sem métricas e indicadores de desempenho, a gestão do departamento jurídico é feita com menos informações, e corre o risco de passar por  uma série de dificuldades.

Através da cultura data driven, utilizando grandes volumes de informações é possível prever resultados, otimizar recursos e identificar tendências jurídicas.

Essa abordagem também foi evidenciada no Supremo Tribunal Federal, onde o Ministro Alexandre de Moraes utilizou um estudo de Jurimetria da Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ) em seu voto sobre a descriminalização da maconha.

O estudo analisou 656 mil ocorrências e 556 mil apreensões relacionadas ao porte de maconha em São Paulo, entre 2003 e 2017, destacando a importância de critérios claros para distinguir entre porte e tráfico, além de avaliar os impactos sociais dessa diferenciação.

Essas iniciativas, que mostram como alinhar a prática jurídica às demandas de um mercado cada vez mais orientado por dados, refletem a Jurimetria como uma importante tendência jurídica para 2025, essencial para transformar informações em resultados concretos e estratégicos.

Como adotar práticas inovadoras na advocacia?

Para ser inovador é preciso seguir algumas práticas, mas para que essas dicas sejam efetivas, é preciso tomar algumas medidas primárias e agir direto no problema, no que impede você e o seu escritório de inovar. Vamos a elas!

1. Mude o modelo mental 

Escritórios de advocacia inovadores e bem-sucedidos refletem um modelo mental que é centrado no cliente e focado na entrega de valor em todas as etapas do serviço. E este modelo mental, alinhado com ações e ferramentas produtivas, deve ser difundido por toda a equipe. 

Por isso a importância de ter um posicionamento claro e um mindset bem definido. Afinal, o  profissional do futuro é aquele que está aberto para novos desafios e consegue implementar esse pensamento na prática do dia a dia e incentivar aqueles que estão ao seu redor a fazerem o mesmo. 

Esse novo profissional tem a mentalidade de que as tecnologias sejam utilizadas para potencializar suas habilidades e conectar genuinamente todos os agentes do ecossistema jurídico do país, colocando o operador do direito como protagonista desse movimento irreversível. 

Mas como difundir um novo mindset para toda a equipe? Bem, toda mudança e o desenvolvimento são facilitados por uma visão clara, foco, estratégia e, sobretudo, pela sintonia entre o modelo mental e as ações do escritório.

2. Mapeie o que precisar parar de fazer, potencializar e começar

A inovação na advocacia é obstruída por padrões nocivos, tarefas ineficientes e falta de automação. Portanto, é crucial identificar esses elementos e implementar mudanças. 

Um software jurídico, por exemplo, pode ser um facilitador significativo, ajudando na organização, gestão de tempo, e na manutenção de registros históricos, permitindo atualizações consistentes e excelência no atendimento ao cliente. 

Além disso, é importante mapear e otimizar as atividades que geram valor e aquelas que desejamos potencializar ou profissionalizar, como a delegação de tarefas. Ferramentas são valiosas também nesse aspecto, servindo como gerenciadores de atividades e auxiliando na atuação em escala do escritório. 

Finalmente, inovar requer uma análise crítica das práticas atuais e a disposição para implementar novas ações e estratégias. 

Isso envolve reconhecer as ações que estão ausentes, mas são necessárias, e encontrar maneiras de integrá-las à prática, o que demanda esforço proativo e comprometimento com a implementação prática das inovações.

3. Implemente melhorias contínuas

Independentemente do grau das mudanças implementadas em um escritório de advocacia, é importante tomar decisões positivas e possíveis, visando o aprimoramento constante do negócio jurídico. 

Vale lembrar, inclusive, que este processo de inovação e melhoria é cíclico e infindável, necessitando de revisões regulares, coleta de feedbacks de clientes e colaboradores, e ajustes contínuos para refinar os serviços e produtos do escritório. Ferramentas como o Google Forms podem ser úteis para coletar opiniões e avaliações, permitindo identificar áreas de melhoria. 

Além disso, manter uma comunicação proativa e informativa com os clientes é fundamental para um atendimento de excelência, mesmo que para informar sobre a ausência de movimentações em seus processos. 

A nossa dica para tornar essa busca e implementação de melhorias escalável é usar um software jurídico que ofereça recursos como contadores de processos inativos, o que facilita a gestão e permite uma atuação mais estratégica e informada. 

4. Não tenha medo de testar

A inovação na advocacia é um processo onde a reflexão sobre as etapas de trabalho e o mercado se torna uma prática habitual. 

Contudo, a empolgação com a adoção de novas tendências jurídicas deve ser equilibrada com estudos, pesquisas e testes rigorosos antes da implementação definitiva de novos serviços. Erros são inevitáveis, mas são também oportunidades valiosas de aprendizado.

Ao encarar falhas como parte integral do processo,  é essencial realizar pesquisas com o público-alvo, testar novas ideias, identificar falhas, corrigi-las e testar novamente. 

E sim, esse movimento de transformação pode gerar desconforto e não será sempre fácil, mas a adaptação e a evolução contínua são fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade de qualquer negócio jurídico. 

5. Participe de eventos temáticos e troque experiências

Muitas vezes a rotina impede o advogado ou gestor de olhar para fora da dinâmica do escritório. Práticas inovadoras acontecem a todo momento e ter acesso a elas vai inspirar e até validar o movimento do seu escritório. 

Participar de eventos de inovação com certeza vai contribuir com novas ideias e dar aquele “frescor” que a inovação necessita para acontecer, sabe? 

Além de ouvir os painelistas, aproveite a sua presença nesses ambientes para trocar experiências com outros participantes. Alguém pode ajudar você a solucionar uma questão e, muitas vezes, você pode ser o exemplo positivo de inovação na advocacia que um advogado ou gestor precisa.

Como a Turivius pode te ajudar em 2025

A Turivius está na vanguarda das inovações que transformarão o setor jurídico em 2025.

Com soluções baseadas em inteligência artificial, jurimetria e análises avançadas, ajudamos escritórios e departamentos jurídicos a:

  • Aumentar a eficiência: automatize tarefas repetitivas como a pesquisa jurisprudencial, o robô da Turivius notifica novas decisões em seu e-mail. Ganhe tempo para atividades estratégicas.
  • Melhorar a tomada de decisões: utilize insights de Jurimetria integrados à pesquisa jurisprudencial para prever resultados e identificar tendências que podem impactar diretamente suas estratégias.
  • Aprimorar a experiência do cliente: adote uma abordagem data-driven e personalizada para entregar mais valor aos seus clientes e fortalecer suas relações.

Com a Turivius, você terá o suporte necessário para enfrentar as mudanças do mercado jurídico com inovação e estratégia, garantindo vantagem competitiva em 2025 e nos anos seguintes.

Preparado para o futuro?

Como vimos, as tendências jurídicas para 2025 apontam para um cenário em transformação, no qual investir em inovação, capacitação e colaboração será indispensável para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que o futuro reserva.

Plataformas como a Turivius, que integram IA à rotina do advogado, desempenharão um papel central nesse processo, empoderando times jurídicos com ferramentas que aumentam a eficiência, fortalecem a segurança e promovem a integração estratégica. 

Assim, será possível liberar as equipes para se concentrarem em tarefas de maior valor, gerar insights que impulsionam decisões mais precisas, reduzir custos e, principalmente, contribuir para os objetivos organizacionais de maneira transformadora.

Essas inovações não apenas atenderão às crescentes demandas do setor, mas definirão o padrão de excelência no mercado jurídico, posicionando aqueles que as adotarem na vanguarda das transformações de 2025.

Sumário

Posts Relacionados

Qual a melhor IA para advogados? 
Descubra qual a melhor IA para advogados em 2025. Entenda como funciona as principais IAs do mercado e qual se
GPTuri: a IA Generativa para o mercado jurídico
Conheça o GPTuri. A IA generativa que pode otimizar sua rotina e elevar a qualidade do seu trabalho jurídico.

Teste o software gratuitamente

Pesquisa jurisprudencial com filtros de Inteligência Artificial e Jurimetria.